segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Em comemoração à Semana Farroupilha, o CMSM realizou um concurso entre os alunos do Ensino Fundamental com a temática "o gaúcho". Confiram as categorias e os vencedores!!!



CATEGORIA-  POESIA (6º e 7º ano)- 1º lugar


SER GAÚCHO

Ser gaúcho é saber cantar
Todo canto alegretense
É campear e campear
Por esse chão sul-rio-grandense

Ser gaúcho é falar
De nosso pago com emoção
Ser gaúcho é ter orgulho
De nossa guerreira nação

Ser gaúcho é ser feliz
Sem feitiço nem poções
Ser gaúcho é cultuar
Nossas velhas tradições

Ser gaúcho é ter coragem,
Ter caráter e bravura;
Ser gaúcho é um privilégio,
Um modo de vida, uma cultura.

Ser gaúcho é todo dia
Matear ao fim da tarde;
Ser gaúcho é lagartear,
Ao sol que ainda arde.

Mas principalmente
Ter nativismo e civismo;
Demonstrar esse amor no peito
Sem censura e preconceito
E grande respeito por este chão!




Aluno:Antômio Sanchez Dalcin - 3040
Turma:A3
Professora Orientadora: Luciane Vieira 





CATEGORIA-  CRÔNICA  (8º ano) - 1º lugar






CAVALO DO ALTO DA MONTANHA

No dia 20 de setembro, um garoto chamado Juliano avistou um belo cavalo no alto da montanha e resolveu subir até o topo dela para apreciar mais de perto a beleza de um cavalo de tradição. Quando chegou perto, ficou impressionado com sua beleza, passou a mão no animal e o cavalo reagiu fugindo do guri.
Juliano estava disposto a conquistar a confiança do belo cavalo e saiu a procurar o seu alvo. Depois de muitas horas procurando, ele o encontra num lindo campo. Tenta aproximar-se de novo, desta vez o cavalo não foge, e até gosta. Então, torna-se um lazer ver o bichano todos os dias. Um dia, ele tentou montar no cavalo e o animal deixou que o guri fizesse a montaria. Então, Juliano torna-se um grande cavaleiro. Começa a competir em torneios gaúchos. Mas, em uma dessas competições o cavalo sofre um grave acidente e é levado para um especialista em eqüinos. Entretanto, quando chega à clínica é tarde demais, o cavalo se fora.
 Todos lamentavam a perda do puro sangue, mas se conformavam.  O cavalo se foi, porém o espírito dele ate´ hoje ainda habita entre nós. 




Aluno: Nathanael Santana de Souza Portugal - 3071
Turma: C4
Professora Orientadora:Ten. Michele Mendes Rocha

quinta-feira, 16 de maio de 2013

HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

O dia das mães já passou, mesmo assim gostaríamos de estender nossa homenagem a elas. Para isso, selecionamos dois textos que foram lidos no Colégio Militar, em um almoço,  como forma de homengear as mães pela passagem do seu  dia! O primeiro  poema é Mario Quintana. A autoria do segundo  texto  é do Cel. Vinícius, Subcomandante do CMSM. Confiram os textos!!!

Boa Leitura...


TEXTO I

Mãe
Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana, poema para o dia das mães



TEXTO II

Mãe

Mãe é a velocidade da luz na física,
É a equação balanceada da química,
É o quadrado perfeito na matemática!
Na filosofia, mãe é espiritualidade, 
é o perfume das flores,
é o alimento  da alma!

Mãe é poesia, é arte, é imortalidade!
Vocês, queridas mães, são a obra mais perfeita criada pelo bom Deus! 

 Cel. Vinícius Augusto Martins Ferreira

quarta-feira, 15 de maio de 2013

PREMIAÇÕES DE INTEGRANTES DO VAGÃO LITERÁRIO

                       XXXIII Concurso Literário Municipal - 2012

No dia 07 de novembro, ocorreu a solenidade de premiação do XXXIII Concurso Literário Municipal. O concurso é promovido pela 8ª Coordenadoria Regional de Educação e pela Escola Estadual de Ensino Médio Professora Maria Rocha. O Colégio Militar de Santa Maria (CMSM) foi condecorado com a premiação da aluna Ana Paula Velasques Ferreira, que recebeu Menção Honrosa com o poema “Soneto de um porta-retrato”.
     Esse é o segundo ano consecutivo em que a aluna é premiada no concurso. Além do certificado e de alguns livros, a aluna recebeu o Caderno Literário, no qual estão compilados os textos premiados no concurso. A aluna Ana Paula Ferreira Velasques é integrante do grupo de escritores “Vagão Literário” que é orientado pela 2º Tenente Michele Mendes Rocha.
     
XXXII Concurso Literário Municipal
Santa Maria (RS)
No dia 9 de novembro, dois alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Santa Maria (CMSM) foram premiados no XXXII Concurso Literário Municipal 2011. O Colégio concorreu em duas categorias. Na categoria Poesia, a aluna Ana Paula Velasques Ferreira conquistou o 2º lugar com a poesia intitulada Efeito Borboleta. Na categoria Crônica, o aluno Luan Moraes Romero recebeu Menção Honrosa pela crônica denominada Sinal dos tempos? Não sei!. A orientação das produções textuais foi feita pela professora 2º Tenente Michele.
Foto: Ten Michele
Foto: Ten Michele



PALAVRAS ESPARSAS - livro do Clube de Escritores - Vagão Literário

Estes textos farão parte do livro PALAVRAS ESPARSAS do Clube de Escritores - Vagão Literário. Confiram em primeira mão  alguns dos textos do  livro!!!

                                                                                                                                Boa leitura...


  • POEMAS


    O Traficante.
    Voltei a falar sobre a droga do amor.
    Aqui se procura, aqui se acha o traficante
    Viver o amor é estar em perigo constante.
    É risco que vale a pena correr
    É risco que nos faz viver, por vezes morrer
    Mas difícil é sem ele viver.
    A droga é forte, é viciante
    Por horas nos enlouquece, por outras é calmante.
    A pessoa que trafica tem que ser boa comerciante.
    Já dizia Humberto Gessinger
    Que os crimes perfeitos não deixam suspeitos
    Talvez seja a justificativa da achar essa droga rara, a droga do amor.

    Matheus Donay - aluno  do 3º ano do Ensino Médio - CMSM




    SONETO DE UM PORTA-RETRATO

    Ao despejar palavras como ingredientes
    Espalho na forma minha lorota
    Ponho-me ao lado do forno em expediente
    Sai quente, assim, essa pequena nota.

    No principio, o abstrato tomou-me a mente
    Porém ao inspirar-me novamente
    O concreto encaixou-se ao Cinismo.
    É preciso ter asas quando se ama o abismo

    A foto no porta-retrato observa minuciosa
    A caneta despejar uma reserva grandiosa
    E a garganta desatar um embrulho estrondoso

    Emoções vulneráveis  perigam desmoronar
    Porém, o que ressalta aos olhos na foto
    Acaba por uma fortaleza inquebrantável criar


    Ana Paula Velasques Ferreira - aluna do  3º ano (2012) - CMSM
      



    DANÇA NA PISTA DE CORRIDA

    "Gosto do imprevisto, do inesperado. Gosto de desafiar o impossível, de afrontar o implacável. Eu quero a sensação da surpresa, o aconchego do abraço, o doce do beijo, me enroscar nesse laço. Eu quero mais. Uma vida mais bela, mais aflorar da primavera. Quero ser mais colorida, ter a alma mais florida ter os olhos mais sensíveis. Cansei de procurar o que nem existe. A vida é sacana, se dá pros espertos. Quando desiste da caça a presa se entrega. Não vou correr atrás da vida. Vou deixar ela me encontrar. Vou abrir os meus braços e me entregar. Não vou cansar correndo se eu posso dançar."

    Ana Paula Velasques Ferreira - aluna do  3º ano (2012) - CMSM


CRÔNICAS 


COISAS DO  TEMPO

        Desacelerei o passo quando percebi que cheguei na parte inesquecível da minha vida: a minha infância. Pisando levemente sobre as britas, chego analisando cada pedacinho daquele lugar surrado pelo tempo... o banquinho embaixo da pitangueira que sumira, os “chocolates” que eram feitos com barro seco, a corrida de bicicleta, o futebol na calçada, a vizinha brigando pela comemoração do gol. A choramingada por moedinhas para comprar o famoso “chocolate da Lurdes”, e o mais importante: o abraço de uma pessoa que o tempo levou consigo.
Paro diante da casa 72, e bato palmas; sou recebida com sorrisos, abraços, tímidos apertos na mão e pela melhor frase a ser escutada: “que saudade, você fez falta”. Entro na casa vazia, onde alguns anos atrás, eu corria, pulava e brincava. Onde tinha uma antiga máquina de costurar, agora tem uma televisão. Onde tinha uma rede, agora tem uma rede beliche. Onde ficava minha “oficina de bolo de barro”, encontra-se uma cerca. Onde tinha apenas um colchão ao chão, agora tem uma parede. Onde o barro ficava, agora tem concreto. Admiro essas mudanças tão notáveis, mas que não enxerguei graças à venda das lembranças.

O tempo levou muitas coisas simples e uma pessoa importante. São coisas que o tempo leva, sem aviso, sem que estejamos preparados. Mas uma coisa que o tempo nunca vai levar é a felicidade de ter crescido ali, naquela simples vila, que me fez sentir, por anos a fio, sentimentos tão complexos quanto tentar entender as ações do tempo.




Bárbara Collares - aluna do 1º ano do Ensino Médio - CMSM








Que sentimento é esse? Que me faz olhar através da janela, na esperança de ver você vindo ao meu encontro? Que faz meu coração ficar apertado, que me deixa nessa agonia interminável? Que me faz sentir incompleta, com aquela terrível sensação de que algo está faltando? Que me faz lágrimas verterem copiosamente de meus olhos atravessando minha face até não terem outra opção a não ceder a força da gravidade e caírem no chão? Que me faz carregar essa tristeza comigo? Que me faz pensar tempo integral em você? Que me faz imaginar infinitas possibilidades do que farei ao te ver? Que me faz criar diálogos e mais diálogos perfeitos? Que me faz imaginar cada segundo no nosso reencontro? Que me faz ter essa vontade imensa de te ter aqui, ao meu lado, agora? Que faz eu sentir essa falta do teu abraço, do teu toque, do teu beijo, do teu olhar, do teu sorriso até mesmo do teu deboche brincalhão? Do arrepio que teu toque me causa, do calor que beijo me faz sentir, do amor que teu olhar transmite, da paz do teu abraço e da verdade do teu sorriso? Se isso não é saudade, não sei outro modo de nomear isso que está me corroendo, me sufocando. Me matando aos poucos. Só posso ter fé que essa tortura terá um fim e esperar a sua próxima ligação. Então ouvirei a tua voz e vou guardar cada segundo no mais profundo compartimento da minha mente, para que nunca se perca. E esse será meu momento de paz. Esse será o momento em que eu vou confirmar a certeza que já existia dentro de mim: eu preciso de você, como preciso do ar para viver. 

Isabelle Nass - aluna do 1º ano  do  Ensino Médio- CMSM






Texto: "AS ORAÇÕES" por Cap. João Batista Ferreira de Borba


O  Capitão João é professor de Língua Portuguesa do Colégio Militar de Santa Maria e ministra aulas para o 2º Ano do Ensino Médio. O texto  em destaque, produzido por ele,  faz um paralelo entre as orações e as características particulares que cada uma possui. Esse texto  é um material bastante interessante para ser lido e, sobretudo, trabalhado em sala de aula. Essa é uma das sugestões de nosso blog! 
                                                                       
                                                    Boa leitura...
                        
                  As Orações

Duas grandes famílias bastante conceituadas: umas são independentes, adoram coordenar bem o seu período, em um momento, chegam e estão donas da situação; outras dependem tanto da sua principal que se submetem aos caprichos desse senhor. As primeiras, coordenadas; as segundas, subordinadas.

As coordenadas são as tais, se acham: elas somam e opõe-se, alternam e explicam, concluem. Vim, vi, venci, de César, tão independentes como o general romano. Já as subordinadas dependem totalmente de sua principal: parece haver uma relação tão íntima entre elas, já que nunca se separam. É um clã na verdade com nome pomposo: Período Composto por Subordinação.
O  Período Composto por Subordinação possui parentes distintos. Lá, de suas filhas, as primeiras são conservadoras deveras, não toleram nenhum tipo de mudança a sua estrutura sintática,  como dizem, vírgula nenhuma enxerida se meterá conosco, muito embora haja sempre uma apositiva desgarrada. Elas são tão fechadas que somente aceitam para fazer sua conexão com a principal, a conjunção integrante. Isso é que é fidelidade! Dizem só aceitamos como conectivos QUE e o SE. Para elas, o importante é a estabilidade da frase: há sem dúvida uma relação completa com sua principal. Se  falta o sujeito naquela, existe a subjetiva; se o seu verbo reclama o objeto direto, existe a objetiva direta; se a reclamação é pelo indireto, existe a objetiva indireta; se falta um predicativo para a principal, ela lhe confere a qualidade ou o estado; se falta o aposto, a apositiva explica claramente; se a principal pede o complemento nominal, a completiva nominal a integra.
As outras, pobrezinhas, as adjetivas, nem conjunções têm, mas um pronome cujo nome é relativo. Fofoqueiras, adoram relacionar o que existe na principal que pode haver nelas também. Acho que são invejosas. Uma fala demais, explica somente o supérfluo, desnecessário à frase: A água cuja fórmula é H2O poderá faltar algum dia; essa, explicativa incomoda sua principal que pouco se importa com a fórmula da água, mas sim com a escassez de precioso líquido. Já a outra, restritiva, muito popular, adora limitar tudo, possessiva como um adjunto adnominal: O sorvete que comi é gostoso; a canção que ouvi não é do Luan Santana. Tadinhas, somente as duas.
Suas primas são bastante liberais, as adverbiais,  de idéias inovadoras, gostam de mudar de posição na frase, assim como as mulheres mudam os móveis de lugar. E fazem a gente pensar na relação lógica a todo momento. Adoram discutir a relação com sua principal, muitas vezes,  conflituosa, já que são muito temperamentais. Dão-se com todo mundo, as vírgulas vivem fazendo regras e casos em sua frase, e as conjunções subordinativas todas são bem-vindas menos as integrantes. Além do mais,  não têm papas na língua, dita as regras aliadas muitas vezes com as substantivas e as adjetivas, como são populares até as coordenadas conquistam formando período misto. Adverbiais. Fundamentais para o Quando? Como? Por quê? Para quê? E os “ses” da vida, as comparações, os de acordo com... Reluzem onde estão, adoram “causar”. Dão-nos todas as circunstâncias envolvendo um fato: como ocorreu; para que será realizado; quando irá começar; é tão bom como o de fulano; está conforme prescreve as regras; caso não houver nenhum antecedente; à medida que aumentam as expectativas; muito embora continuasse vazando; tanto é importante que todos a utilizam. Falam pelos cotovelos essas adverbiais.

              João Batista Ferreira de Borba
                                    Professor de Língua Portuguesa
Contato com o autor: joaoletras@pop.com.br